quarta-feira, 10 de março de 2010

A night at the Oscars...Is business our God?

A grande noite dos óscares...
Parece que o David desta vez papou o Golias. Ainda bem para o cinema, digo eu. A vitória da arte e do engenho que nasce da frugalidade de recursos, sobre a abundância, não raras vezes esbanjadora, e a pirotécnia sempre impressionante mas tantas vezes vazia, do grande espetáculo hollyodesco.

IS BUSINESS OUR GOD? Confesso que, como apaixonado por cinema, sempre senti um certo fascinio pelos óscares. E sempre que posso acompanho a cerimónia, pela noite fora, sem perder pitada. Mas aquilo não tem nada a ver com premiar Obras de Arte. Até porque as verdadeiras obras de arte só competem com o tempo, não competem umas com as outras. Não lutam pela supremacia.

Pelo andar da carruagem, isto terá sobretudo, e cada vez mais, a ver com comércio, com promover, com vender, com rentabilizar os produtos, e assim alimentar a industria. Daí a conveniência em alargar as listas de nomeados. Is business our God? É triste porque no cinema como na vida só as coisas que saem do fundo da alma têm um valor acrescentado. E isto revela, acima de tudo, um jogo de interesses que não prima pela inocência dos propósitos e que baixa a fasquia de uma forma de arte que pode e deve ser acessivel às massas. Serão as massas insensiveis à substância profunda de um filme com a densidade artistica e intelectual de um Apocalipse Now?

Não estarão as massas disponiveis para sondar as profundezas da alma humana? Só estarão disponiveis para entretenimentos vãos e superficiais? Porque é que isto acontece? Pelos valores emergentes das culturas ocidentais? Pelo sistema de ensino e de educação que brota desses valores culturais? E qual é o preço a pagar? Sociedades mais insensiveis, mais embrutecidas, mais impermeáveis ao entendimento amplo da vida e dos homens, e dos seus multiplos e complexos cenários? Estarei a ser pessimista? Estarei a ver somente o lado negro da coisa? Estarei a fazer uma critica vazia e insubstancial? Is business our God?

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