domingo, 7 de março de 2010

ANALOGIAS

ANALOGIAS

Em grande parte das relações estabelecidas entre um homem e uma mulher cada um deles deveria vir acompanhado não só de um manual de instruções como também de um kit de primeiros socorros.

Quando começamos a andar com alguém é como se estivéssemos a guiar um carro novo sem entendermos a função de cada um dos comandos . Isto implica o risco de por vezes ligarmos os limpa pára-brisas quando lá fora está um nevoeiro de cegar a mais perspicaz das águias, ou de que o carro, sem vidros nas janelas, pare no meio de uma savana repleta de leões. Em qualquer dos casos, com um pouco de sorte, apelamos para a caixinha de primeiros socorros e curamos as feridas. Mas as cicatrizes permanecem.

Além disso, todos conhecemos pessoas que guiam muito mal, carros sem travões, a precisarem de amortecedores ou de óleo, com as luzes baixas, com carga a mais, com coisas a menos debaixo do capot, carros que não obedecem, que não fazem inversão de marcha, que são barulhentos de mais, de suspensão dura ou que têm o depósito vazio.

É por isso que as pessoas quando decidem casar escolhem quase sempre meios de transporte muito básicos. São simples, fiáveis, de manutenção barata e de comportamento previsível. E tudo isso é importante para uma viajem que se quer longa, segura e suficientemente enfadonha de modo a podermos exercitar o nosso comodismo.

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