terça-feira, 17 de novembro de 2009

A vida

Muitas vezes dou por mim a pensar, e com cada vez maior frequência ultimamente, sobre o propósito da vida e sobre a forma como a organizamos. Existimos para sobreviver, como meros animais não racionais, trabalhamos cinco dias em sete (alguns mais que isso), empenhamos a maior parte do nosso tempo em actividades extenuantes, mecânicas, esgotantes. E onde entra o prazer da vida? As necessidades sensoriais? O gosto de viver por viver? São poucos os momentos que temos disponíveis para o fazer, vividos intensamente e de forma quase louca e desenfreada, como se fossem os últimos de uma saga que nos parece sempre curta de mais. Caminhamos para o abismo? Talvez. Penso que temos de refundar o nosso modo de vida, sob pena de termos robots no trabalho, espartilhados, personalidades anuladas e insípidas, e seres transgressores no campo sensorial, sem noção do meio, princípio ou fim.

1 comentário:

  1. Adoro seu jeito de escrever, de pensar as questões. Vai bem no âmago. Parabéns pelo blog.
    bjos!

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